sexta-feira, 7 de janeiro de 2011

O retrato de um país em apenas 15 dias.


Você fica quinze dias "quase" desconectado do mundo, num período em que o seu país saiu de um velho governo e entrou num novo velho governo, período este que é cercado de mensagens positivas de "boas festas" e "feliz ano novo" e o que acontece? As mesmas coisas de sempre. O mundou não melhorou. O Brasil não evoluiu.
Nas estradas dezenas morreram ou por imprudência ou pelas péssimas condições das rodovias; nas grandes cidades inundações, enchentes, pessoas morrem soterradas ou ficam desabrigadas; no futebol uma grande celebridade leiloa o seu passe para ser repatriado; no apagar do seu governo, Lula concede aos seus dois filhos passaporte diplomático, um privilégio de "certas" autoridades; o então futuro ministro do Turismo, Pedro Novais, um deputado federal do PMDB/MA, paga com verba da Câmara uma "festinha" num Motel em sua cidade e ao assumir o cargo faz um discurso moralizador. Quarenta e oito horas depois, descobre-se que, por sua influência, foram repassados mais de R$ 32 milhões do Turismo para o Maranhão, mais que SP, RJ e MG; Lula deixou R$ 57,1 bi em restos a pagar, contas que vão se acumulando, fruto de má gestão, e que vão influenciar na vida do cidadão; nos Correios, um antro de corrupção, diretor teve gestão na estatal condenada pelo TCU; na política externa o Brasil deu um grande passo e abriu embaixada na Ilha dos Ladrões ou arquipélago da Micronésia com sete mil habitantes; a Balança comercial de 2010 teve o pior superávit dos últimos oitos anos; Dilma anuncia que vai privatizar novos terminais de aeroportos, ela que bateu e rebateu nessa tecla na campanha eleitoral; o Brasil é o segundo maior consumidor de cocaína do mundo atrás apenas dos EUA e o novo ministro da Justiça quer descriminalizar as drogas; Lula não teve coragem e não extraditou o bandidão assassino Battisti; o novo presidente do Banco Central inicia o ano lutando para segurar a desvalorização do dólar. Para conter o real, o BC comprou US$ 41 bi em 2010; Dilma, sem planos de governo, anuncia que vai combater a miséria extrema com programa semelhante ao PAC, um fiasco do velho e do novo governo.

Como se não bastassem essas mazelas de todos os anos, de todos os governos e de todos os dias, veja na foto abaixo a "nuvem negra" que pairou sobre o Palácio do Planalto, em Brasília, no exato momento em que a presidenta eleita chegava para assumir o cargo. Numa cidade que tem a maior concentração em metro quadrado de templos, religiões, seitas, pais de santos, tarólogos, jogadores de búzios, babalorixás e afins, certamente, cabe uma interrogação. Por via das dúvidas, recomendo ao leitor levar sempre consigo, neste ano, um galho de arruda. Se bem não faz, mal também não.


Valei-me, meus Orixás!


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